Artigos de Educação
Smartphones devem entrar na escola?
A alternância da atenção entre atividades acadêmicas e distrações digitais resultam em comprovada queda de desempenho
Por: Michele Muller
|Para Sócrates, a sabedoria está ligada ao conhecimento de si mesmo. Para Platão, ela se define como a busca por um conhecimento eterno e imutável. Já Aristóteles associa sabedoria à aplicação do conhecimento à vida prática de forma ética.
E como podemos definir ética e outros conceitos que ocuparam as mentes de pensadores desde a antiguidade – como verdade, liberdade e beleza? Questões como essas são exploradas pelos alunos do período integral dos sextos e sétimos anos durante as aulas de filosofia.
Com criatividade e autonomia, em uma das atividades eles precisam montar portfólios com definições dos conceitos escolhidos segundo nomes como Aristóteles, Platão, Kant e Sartre.
As aulas do contraturno do Tistu são repletas de atividades que aliam conhecimentos em diversas áreas, habilidades motoras, sociais e cognitivas. Esportes, teatro, gastronomia, jogos e desafios matemáticos são algumas das aulas oferecidas aos alunos do fundamental.
Dentro da proposta de encorajar a pesquisa e a autonomia, nas aulas de literatura, por exemplo, turmas do sexto ao oitavo ano investigam vida e obra de autores que eles mesmos escolhem. Cecília Meirelles, Vinícius de Moraes e J.K. Rowling foram alguns dos escritores trabalhados no ano passado por sugestão dos alunos. A criatividade também é valorizada neste trabalho e está presente não apenas no texto e apresentação, mas nas capas de livro confeccionadas em duplas.
Já no fundamental 1, as aulas enriquecidas com muita prática são organizadas em quatro “tocas”, de acordo com o tema abordado, que formam o Clube da Árvore. Atividades relacionadas ao conhecimento e ao respeito ao meio ambiente e ao planejamento de ações sustentáveis fazem parte da Toca do Tatu.
Em uma das iniciativas da toca, as crianças produzem papéis reciclados a partir de restos de materiais coletados na própria escola. Depois de discutirem temas como excesso e redução de desperdício, picotam os papéis, deixam de molho na água com vinagre (o que gera aprendizagem sobre a ação dessa substância sobre microrganismos), passam tudo na peneira e, depois de secos, pintam as folhas com pigmentos naturais produzidos por eles mesmos a partir de elementos como beterraba e cascas de cebola.
Os “pequenos fazedores de papel”, como a atividade é chamada, confeccionam charmosos bloquinhos com o resultado.
Confira mais fotos das atividades na galeria abaixo