
Na Escola
Tistu Yard: inglês aplicado em atividades práticas
O sucesso dos alunos nos testes de proficiência atesta a qualidade e a eficácia do programa.
Por: Michele Muller
|Em uma tentativa de mensurar o que se tornou imensurável, a Universidade da Califórnia concluiu, ainda em meados dos anos 2000, que entramos no milênio consumindo cinco vezes mais informações do que na década de 80, antes da internet. A popularização de mídias eletrônicas e, mais recentemente, de tecnologias de inteligência artificial impensáveis há alguns anos, como o ChatGPT, transformaram radicalmente a forma como produzimos e consumimos conhecimento.
Entramos naquilo que muitos chamam de Era da Informação carregando em nossos bolsos um oceano infinito de dados que compõem o Big Data. Alimentado diariamente com incontáveis gigabytes, ele gera mudanças sociais rápidas e profundas, às quais o mercado de trabalho não tem outra opção senão se adaptar.
A educação também não pode mais ignorar a necessidade de rever antigos formatos, cuja baixa eficácia o acesso livre à informação vem tornando mais evidente.
Antes de ganharmos esse novo membro, que nos serve como um extensor de memória, o papel dos professores do ensino fundamental e médio era, essencialmente, informar - transferir informações que deveríamos memorizar caso precisássemos delas um dia. Pouco se considerava que, no cérebro, o que não é usado é perdido, ou seja, quase tudo o que era aprendido na escola acabava caindo no buraco negro do esquecimento.
O aprendizado centrado no professor, um formato até certo ponto cômodo e enraizado, tende a dar lugar ao protagonismo do aluno. Nesse formato, o professor assume a função não apenas de informar, mas também de formar, preparando os alunos para um mundo dinâmico, no qual a criatividade, as habilidades sociais e a resolução de problemas se destacam como grandes diferenciais humanos.
Em seu relatório "O Futuro do Trabalho", o Fórum Econômico Mundial apresentou uma relação das habilidades mais valorizadas pelo mercado de trabalho nos próximos anos, baseada em dados de empresas e especialistas de todo o mundo. No topo da lista está o pensamento crítico e a inovação, ou seja, a capacidade de analisar informações, tomar decisões fundamentadas e gerar ideias criativas.
O aprendizado ativo e permanente vem em segundo lugar, seguido da criatividade e originalidade. Também estão listadas a resolução de problemas complexos, liderança e influência social, e inteligência emocional.
Na era do ChatGPT, sai na frente quem sabe fazer as perguntas certas, possui pensamento crítico para analisar as respostas, sabe onde buscar e como compilar informações, e é apto a aprender de forma autônoma e contínua. Essas capacidades não são aprendidas escutando longas explicações aula após aula, mas sim através da participação ativa na própria formação.
A educação ativa proporciona um ambiente propício para o desenvolvimento das habilidades necessárias às gerações cujos desafios não são os mesmos enfrentados por profissionais de épocas passadas.
Ao envolver os alunos em atividades práticas, projetos, debates e atividades colaborativas, as escolas atentas às práticas mais eficientes dão a eles a oportunidade de aplicar o conhecimento em situações reais, tomar decisões, resolver problemas, expressar-se com clareza e trabalhar em equipe, construindo conhecimento significativo e competências que não são esquecidas ou perdidas.
No Tistu, o aluno aprende fazendo. A proposta pedagógica do Tistu é fundamentada no protagonismo do aluno, em todos os níveis de aprendizagem. Tal como orienta a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o ensino é voltado para o desenvolvimento de habilidades, que são construídas à medida que as crianças, ao invés de receberem passivamente as informações, perguntam, respondem, pesquisam, testam na prática e apresentam o que aprenderam.
Todas as disciplinas, mesmo aquelas mais centradas em informações, como história e geografia, permitem a realização de projetos, elaboração de jogos, realização de feiras temáticas (como a esperada Feira Medieval), passeios e atividades práticas como forma não apenas de fixar o conteúdo, mas também de aprender, ao mesmo tempo em que são aprimoradas as capacidades cognitivas, emocionais e sociais hoje mais valorizadas do que nunca.
Todos os anos, os alunos tanto do fundamental 1 quanto do fundamental 2 envolvem-se em uma série de descobertas interdisciplinares a partir de um tema central.
O resultado prático dessa aprendizagem é reunido em um grande evento de final de ano. Em 2022, por exemplo, enquanto os estudantes do F1 criaram projetos tendo como tema animais que sortearam no início do ano, os do F2 trabalharam em torno do elemento “fogo”. Já 2023 é o ano em que o "ar" está movimentando os grupos do sexto ao oitavo ano.
Seja qual for o tema ou a série, no Tistu os alunos regularmente trocam as carteiras escolares por espaços diversos da escola, onde usam todos os sentidos para dar forma a ideias e tornar a aprendizagem aplicável e significativa.
Confira na galeria abaixo mais fotos de atividades em que o aluno participa ativamente do aprendizado.